As metodologias ativas são ferramentas para o ensino superior formar novos profissionais com qualidade. As instituições de ensino apoiam-se nessas tecnologias para desenvolver seus materiais e métodos de ensino-aprendizagem.
E quanto à aprendizagem, você sabe como ela acontece? Já ouviu falar das teorias e estilos de aprendizagem?
Neste conteúdo, vamos explorar melhor esse tema. Continue a leitura e conheça os impactos positivos dessas teorias, e como elas otimizam o ensino dos estudantes.
De onde surgiu os estilos de aprendizagem?
As autoras, Camila Schmitt e Maria José Domingues, em seu estudo comparativo sobre os Estilos de Aprendizagem, afirmam:
“A necessidade de aperfeiçoar e de tornar mais eficiente o processo educacional torna o conhecimento dos estilos de aprendizagem um fator crucial para auxiliar no aprimoramento do ensino. Entender os instrumentos que são utilizados nas práticas de ensino é vital para incorporá-los de maneira eficiente em sala de aula, trabalhando seus pontos fortes e distribuindo as semelhanças e diferenças entre eles.”
Camila Schmitt e Maria José Domingues
Isso nos mostra como a necessidade de otimização da educação está estrategicamente ligada aos estudos e teorias sobre a aprendizagem; e não apenas isso, mas como elas são essenciais para a compreensão dos diversos perfis de aprendizes e educadores.
Como aprendemos?
As teorias da aprendizagem vão explicar melhor os pormenores disso. De forma básica, a aprendizagem pode acontecer de três formas diferentes: física, cognitiva e emocional. Cada uma delas estabelece um aspecto fundamental da forma como cada indivíduo consegue reter conhecimento.
Entender como aprendemos é importante para estabelecer, por exemplo, trilhas de aprendizagem mais adequadas para cada estudante, que, por sua vez, podem possuir, basicamente algum dos estilos de aprendizagem propostos a seguir:
- Visual, o Aprendiz Espacial — organiza visualmente as ideias para processar informações mais rapidamente;
- Auditivo — processa melhor informações faladas, tem facilidade para lembrar de informações complexas;
- Sinestésico, os Alunos Tácteis — processam informações através da experiência, estudantes que aprendem de forma prática.
Como dito anteriormente, as teorias da aprendizagem vão explicar cada estilo desse. Siga a leitura para descobrir mais.
O que são os estilos de aprendizagem?
Para Dunn e Dunn (1978), estilos de aprendizagem são um conjunto de condições por meio das quais os sujeitos começam a concentrar-se, absorver, processar e reter informações e habilidades novas ou difíceis.
Gregorc (1979) define os estilos de aprendizagem como características do comportamento que indicam como a pessoa aprende e se adapta a partir do ambiente em que está inserida. Essa definição que remete ao indivíduo e à sua interação com o contexto.
São várias as teorias da aprendizagem; contudo, neste conteúdo abordaremos a seguinte:
Teoria VARK
Teoria criada pelos pesquisadores Neil Fleming e Charles Bonwell, que divide o aprendizado em 4 estilos: visual, auditivo, leitura e escrita e sinestésico. Explicando cada um, podemos sintetizar essa teoria da seguinte forma:
- Visual, os aprendizes gráficos — estudantes que se apoiam no material gráfico e visual para reter o conhecimento. A visualização é de suma importância, pois garantir maior absorção do que é ensinado. Em aulas EAD, por exemplo, o material visual é estratégico para esses estudantes;
- Auditivo — estudantes que possuem maior facilidade de aprender com aulas expositivas, áudios, músicas, podcasts e palestras;
- Leitura e escrita — também pode ser encaixado no estilo visual, mas possui uma diferença: esses estudantes têm maior facilidade em expor ideias através da redação, resumos e relatórios, assim conseguem reter conhecimentos por meio de suas anotações;
- Sinestésico, os Alunos Tácteis — alunos que precisam colocar a mão na massa. Para esses estudantes, aulas práticas são a melhor opção, pois aprendem fazendo, ou seja, com a experiência.
Dica: Saiba qual é o seu estilo de aprendizagem, segundo a teoria VARK.
As teorias da aprendizagem fomentam a evolução do ensino brasileiro. No entanto, é preciso conhecer o perfil de seus estudantes para aplicá-las de maneira adequada, que impacta positivamente seus estudos. Uma teoria como esta, aplicada sem critério e deliberadamente, não causa o mesmo efeito.
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