A educação brasileira passou por diversas transformações ao longo dos anos, e a evolução tecnológica foi uma das mais significativas. Essa transformação permitiu a inclusão de aulas online em quase todos os cursos de graduação e pós-graduação. Para viabilizar essa mudança, o Ministério da Educação (MEC) autorizou que até 40% da carga horária de cursos presenciais seja realizada no formato online.
No entanto, para implementar essa modalidade, é indispensável contar com um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que ofereça o armazenamento de conteúdos, vídeoaulas e a possibilidade de realizar reuniões online.
Como nem todas as instituições possuem um AVA, preparamos algumas dicas para você começar suas aulas online, mesmo que sua instituição ainda não tenha um ambiente virtual disponível.
AVA
Sigla para Ambiente Virtual de Aprendizagem, refere-se a uma ferramenta indispensável na criação de aulas online. Esse ambiente digital oferece aos estudantes acesso aos conteúdos previamente disponibilizados pela instituição de ensino. Nele, é possível adicionar conteúdos textuais, vídeos gravados e links para aulas ao vivo, além de criar, realizar e enviar atividades avaliativas.
Educação a Distância ou Educação Remota?
Um dos maiores equívocos sobre a educação a distância é acreditar que ela é apenas uma adaptação de aulas presenciais para o ambiente virtual. Isso está longe de ser verdade. A Educação a Distância (EAD) exige recursos e infraestrutura próprios; não basta apenas adaptá-los.
A adaptação de aulas presenciais, por sua vez, é denominada educação remota. Essa modalidade é uma solução provisória para suprir dificuldades estruturais da instituição, como a ausência de um espaço físico, por exemplo.
Para oferecer cursos EAD ou Híbridos, nos quais 40% da carga horária ocorre online, uma Instituição de Ensino Superior (IES) precisa contar com credenciamento, infraestrutura adequada, autorização do MEC e conteúdos criados especificamente para este formato.
Neste conteúdo, destacamos como você pode implementar aulas remotas sem a necessidade de um AVA completo. Existem ferramentas simples e de fácil acesso disponíveis, e listamos algumas delas a seguir.

Primeiro, crie suas salas de aula.
Uma ferramenta amplamente utilizada para isso é o Google Classroom. Com ela, os professores podem criar salas de aula virtuais, distribuir tarefas, organizar as atividades dos alunos e trocar feedbacks para acompanhar a aprendizagem dos estudantes.
Em seguida, adicione os conteúdos.
Pelo Google Classroom também é possível incluir conteúdos em diversos formatos, como documentos, PDFs, formulários, vídeos, áudios e gravações. Todos eles ficam armazenados no Google Drive, garantindo fácil acesso e organização.
Existe também o CANVAS, um Sistema de Gestão de Aprendizagem de código aberto que tem como objetivo simplificar a interação entre professores e alunos. Com ele, é possível disponibilizar os conteúdos de aula em um ambiente muito semelhante aos AVAs tradicionais.
Por fim, agende suas aulas ao vivo.
Um dos maiores desafios enfrentados pelas IES é encontrar um ambiente virtual que permita agendar e fazer reuniões em tempo real com os estudantes. O Google Classroom se destaca como uma solução eficaz para essa finalidade.
Embora seja uma ferramenta bem completa, ele depende de aplicativos do seu próprio ecossistema para oferecer funcionalidades adicionais. Um exemplo disso é o Google Meet, que pode ser utilizado para ministrar aulas ao vivo.
Para agendar o encontro, você pode usar o Google Agenda, uma ferramenta que organiza os eventos com os alunos. Assim, é possível conduzir as aulas em tempo real, de forma semelhante à presencial.
Além disso, ferramentas de bate-papo e vídeochamadas, muito utilizadas em reuniões corporativas, também são ideais para aulas ao vivo, permitindo a discussão simultânea dos conteúdos.
Uma das mais utilizadas é o Microsoft Teams, aplicativo da Microsoft voltado para a colaboração de equipes, organização de tarefas e projetos. Com ele, é possível criar bate-papo e salas virtuais para reunir alunos e conduzir aulas ao vivo de forma eficiente.
Leia mais: série metodologias ativas: entenda o que são e como funcionam.
Mas e quanto aos AVAs de fato, será que vale a pena implementá-los?
Quando a instituição está crescendo, o próximo passo lógico será o credenciamento junto ao MEC. Para isso, é essencial atender aos critérios exigidos e a infraestrutura tecnológica é um deles. Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) cumprem esse requisito, assim como o Sistema de Gestão Educacional.
Se a sua instituição já está adequando seus processos às diretrizes, é importante garantir que a contratação da plataforma, sistema de gestão ou AVA, atenda às reais necessidades da IES. Soluções inadequadas podem gerar custos desnecessários e ter baixa adesão por parte da equipe acadêmica.
É importante ressaltar que o AVA é uma ferramenta essencial de suporte à educação, possibilitando o acesso remoto a conteúdos e materiais de aula online pelos estudantes. Muitas instituições brasileiras já adotaram esse recurso para complementar o ensino presencial ou para implementar a modalidade EAD, no qual o AVA é a principal plataforma de acesso aos conteúdos.
Para implantar um AVA na sua instituição, é indispensável contar com um sistema de gestão educacional. Ele é necessário para:
1) Organizar e configurar disciplinas, grades e turmas;
2) Estruturar e centralizar os conteúdos;
3) Garantir o acesso seguro e eficaz dos estudantes.
O sistema pode ser modular — com a contratação de módulos independentes para diferentes funções — ou integrado, no qual todas as etapas e processos são automatizados e interligados, reduzindo consideravelmente o trabalho manual necessário no sistema modular.
Se quiser saber mais sobre esse tipo de implementação, estamos prontos para ajudar. Fale com um dos nossos consultores e conheça a Plataforma Ensinc, um sistema de gestão integrado que já possui um AVA nativo.