Como saber se o ensino oferecido na sua IES está sendo efetivo?
Mesmo com todas as tecnologias educacionais disponíveis no mercado, ainda é comum encontrar gestores que tomam decisões sem avaliar dados e métricas considerando apenas comportamentos isolados de parte de seus alunos e colaboradores.
Essa atitude, além de não trazer bons resultados para a instituição, também não mostrar a realidade da educação oferecida por ela. É nesse momento, portanto, que devem entrar os dados estatísticos.
“O uso de dados estatísticos não é nenhuma novidade. A sociologia da educação faz isso há pelo menos 100 anos”.
Lou Guimarães Leão Caffagni, doutor em educação pela Universidade de São Paulo, em entrevista à Revista Educação.
Ainda assim, há poucas IES tomando decisões com base em dados ou adotando esta cultura amplamente. Neste conteúdo, você conhecerá a gestão educacional baseada em dados, além disso, também elencamos três passos para gerir sua IES com base nesta ciência.
Siga a leitura!
O que é gestão educacional baseada em dados?
A gestão de dados, ou cultura data-driven, é uma forma de gerir que se baseia em coletar dados relevantes, analisá-los e tomar decisões a partir deles.
É algo bem simples, mas que poucos gestores fazem. O que pode gerar dificuldades e problemas para avaliar e enxergar a realidade do negócio.
Para melhor compreensão, vamos exemplificar: um gestor diz que os problemas financeiros de sua instituição são causados por pagamentos atrasados e falta de pagamento por parte dos alunos. Ele diz que isso ocorre porque os alunos não são comprometidos e são irresponsáveis.
No entanto, se houver uma análise de dados, esse gestor pode perceber que, na verdade, está errado.
Essa análise mostra que 90% dos problemas financeiros da instituição, neste exemplo, são causados pela evasão de alunos. E os dados mostram que os atrasos nos pagamentos são causados por alunos em vulnerabilidade social.
Percebe como é fácil fazer afirmações equivocadas quando não se baseia em dados?
Leia mais: o aumento da evasão estudantil no ensino superior assusta, mas existem saídas.
Por que fazer uma gestão baseada em dados?
É comum se deparar com argumentos que usam exemplos isolados e individuais como: O aluno X atrasou o pagamento de novo. É disso que eu tô falando! Os alunos atrasam e nossos problemas financeiros começam. Falta comprometimento!
Este argumento se chama “evidência anedótica”. Na verdade, é uma falácia argumentativa, ou seja, uma maneira equivocada de enxergar os fatos, generalizada e que se baseia em um caso isolado.
Em contrapartida, quando você se baseia em dados, você está considerando inúmeros casos individuais. Isso quer dizer que, em vez de enxergar o micro e tomá-lo pelo todo, você está de fato olhando para a imagem completa.
Pense por um minuto nas notas dos seus alunos. Para que servem esses dados na sua IES? Apenas para ver se eles serão aprovados ou reprovados, ou também servem para avaliar o desempenho dos professores e da instituição?
As notas dos alunos são dados relevantes. Principalmente, quando avaliamos a imagem completa. Uma gestão de dados eficiente perceberá, por exemplo, que notas baixas podem indicar uma didática inadequada sendo aplicada pelos professores ou, talvez, um plano de estudos ineficiente sugerido pela instituição.
Consegue entender porque a gestão e as decisões devem basear-se em dados, e não em argumentos retóricos?
Agora vejamos como isso funciona na prática.
Como esse tipo de gestão funciona na prática?
Agora reflita sobre os dados de pagamentos e frequência das aulas de seus alunos. Com essas informações é possível até mesmo prever a desistência de um aluno. Assim, a instituição pode tomar ações concretas para prevenir que isso ocorra.
Por outro lado, com base nas médias avaliativas e nas questões que os alunos mais erraram, é possível que os professores identifiquem qual é o maior gap na ação pedagógica adotada em suas aulas. Baseados nisso, poderão tomar novas ações para ensiná-los.
Percebe que é uma questão prática? Os dados são colhidos, a análise é feita e um plano de ação é iniciado. Então vejamos um passo a passo:
Três passos para fazer uma gestão de dados.
Unifique a coleta de dados;
A princípio, é possível que cada setor colete informações e centralize-as em uma planilha de Excel. Os professores, por exemplo, podem fazer isso com as médias avaliativas dos alunos.
No entanto, a medida que a IES for crescendo, logo se mostrará necessário centralizar todas essas informações em um só lugar de maneira integrada. Para que, desta forma, seja possível tomar decisões sobre a instituição considerando todas as informações possíveis.
Lembre-se que é importante que ter uma política de coleta de dados, independente de onde venham. Sua IES precisa estar consoante a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Hoje, já existem soluções no mercado que cuidam dessa parte para você.
Identifique problemas e sucessos;
Com base nos dados compartilhados de cada setor, é possível identificar dificuldades e onde se está obtendo sucesso na gestão. Mais que isso, é possível entender a razão para cada problema e cada sucesso. No entanto, para isso acontecer, é preciso fazer com que os dados falem.
A mudança de cultura consiste nisso: em vez de dizer “eu acho”, diga: “Vejamos o que os dados nos dizem!”
Este é o princípio das mudanças assertivas.
Trace um plano de ação para resolver problemas;
Não adianta nada analisar dados se nada será feito. Muito mais que planilhas e power points: é preciso ter ação! Portanto, certifique-se de que há um plano de ação para resolver os problemas apontados pelos dados.
Qual é o papel das edtechs na gestão de dados?
As edtechs, empresas do ramo da educação que criam tecnologias educacionais, têm o papel de desenvolver ferramentas de gestão que utilizam os dados da melhor forma possível.
Esta gestão de dados, por exemplo, é possível com a Plataforma Ensinc, uma dessas edtechs atuantes no mercado, que desenvolve tecnologia para unificar os dados da IES e promover uma gestão mais eficiente.
Você pode conhecer melhor nossa solução de gestão educacional baseada em dados, fale com um dos nossos consultores:
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